O período chuvoso acende o alerta na cidade: a luta contra o mosquito Aedes aegypti exige atenção redobrada da população, reforça a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Com o aumento da água parada em recipientes nos quintais, creches e pneus, o risco de proliferação do mosquito que transmite dengue, Zika e chikungunya fica ainda maior. A coordenadora de Endemias, Priscila Soares, destaca que a mutação do mosquito fez seu ciclo evoluir para apenas três a quatro dias, acelerando a reprodução.
Antes, o Aedes se desenvolvia somente em águas limpas, mas agora é possível encontrar larvas em águas sujas, o que complica ainda mais o combate. “Esse cenário exige que os moradores estejam vigilantes diariamente, principalmente durante e depois das chuvas. Calhas, vasos e qualquer recipiente que acumule água parada é um convite para o mosquito”, alerta Priscila.
Para enfrentar essa emergência, os agentes de endemias seguem fazendo visitas casa a casa, identificando focos e aplicando larvicidas. A colaboração da comunidade é fundamental. “É crucial que as pessoas permitam a entrada dos agentes, que estão devidamente identificados e preparados”, reforça a coordenadora.
Os números da dengue em 2024 são alarmantes: já foram notificados 17.499 casos, com 7.170 confirmações, incluindo 1.104 com sinais de alarme e 31 casos graves, além de 12 mortes. Para comparação, em todo o ano de 2023, os casos confirmados foram 2.756 com nove óbitos. O crescimento expressivo mostra que a cidade enfrenta uma verdadeira batalha contra o mosquito e que redobrar os cuidados é a única saída para evitar um desastre maior.