O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registra uma leve melhora em sua popularidade segundo a mais recente pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16). A desaprovação, que em junho havia alcançado 57%, caiu quatro pontos, agora marcando 53%, enquanto a aprovação subiu três pontos e atingiu 43%. Essa é a menor distância entre os índices desde janeiro, quando houve empate técnico, reduzindo a diferença de 17 para 10 pontos.

O levantamento aponta que o avanço da aprovação não ocorreu nas regiões mais tradicionais de apoio a Lula, mas sobretudo fora delas. No Sudeste, epicentro econômico do país, a diferença entre aprovação e desaprovação diminuiu drasticamente, de -32 para -16 pontos percentuais, a maior recuperação regional neste mês. Já o Nordeste mantém o maior apoio ao governo, com 53% aprovando e 44% desaprovando, números que permanecem estáveis dentro da margem de erro.

Além da avaliação do governo, a pesquisa também sondou a opinião dos brasileiros sobre o aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A medida, anunciada por Donald Trump como retaliação à “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é vista como errada por 72% dos entrevistados. Para 79%, essa taxação de 50% deverá trazer prejuízos diretos a suas vidas ou à de familiares, indicando grande preocupação popular com o impacto econômico da medida.

O levantamento ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 10 e 14 de julho, em todas as regiões do país. Com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%, o estudo reafirma as movimentações no humor da população diante do terceiro mandato de Lula e os desafios externos que o Brasil enfrenta.