Por trás da organização social e política de estados e municípios está a peça mais vital para seu funcionamento: as finanças públicas. São elas que garantem investimentos em obras, manutenção de serviços essenciais e equilibram contas para evitar o endividamento. E é nesse cenário que a revolução dos ativos digitais começa a ganhar força, trazendo mudanças profundas para a gestão financeira regional.
A evolução do dinheiro, que saiu da troca de bens para a moeda e agora para o digital, é movida pela tecnologia blockchain, que deu origem a criptomoedas como Bitcoin e Ethereum, além de tokens, NFTs e moedas digitais emitidas por bancos centrais. No Brasil, o lançamento do Drex, a versão digital do real, mostra que essa transformação já é uma realidade e promete alterar como cidades organizam seus fluxos financeiros.
No interior do país, prefeituras apostam no pagamento de tributos via blockchain — um sistema seguro e transparente que, em fase piloto, já reduz pela metade o tempo de processamento de impostos como IPTU. Empresas locais estão tokenizando ativos regionais, possibilitando que moradores invistam em propriedades e negócios antes inacessíveis, renovando os modelos de financiamento e gerando circulação de dinheiro dentro da comunidade.
Além disso, a baixa bancarização impulsiona o uso de carteiras digitais para pequenos empreendedores, enquanto projetos sociais com pagamentos em criptomoedas buscam garantir transparência e eficiência. A educação financeira digital já integra escolas estaduais para garantir que a população entenda e aproveite essa nova economia. Juntas, inovação e governança se apresentam como a chave do futuro, desafiando gestores a tornar essa revolução digital um benefício real para toda a sociedade.