O último Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou um dado alarmante: cinco das dez cidades mais violentas do Brasil estão na Bahia. Entre elas, Jequié ocupa o segundo lugar no ranking nacional, reforçando a crise que assola regiões inteiras do estado devido à disputa entre facções pelo controle do tráfico.

Em pronunciamento nesta sexta-feira (25), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) admitiu que a Bahia sofre influência direta de armas e drogas oriundas de outros estados, uma vez que não possui produção local desses ilícitos. Ele destacou a importância da articulação com o presidente Lula e órgãos federais para frear esse fluxo, especialmente nas fronteiras do estado, onde o tráfico interestadual se intensifica.

“Nosso maior inimigo é o crime organizado. Essas armas e drogas vêm de fora, e temos trabalhado em parceria com a Polícia Federal e Polícia Rodoviária para combater esse comércio”, afirmou Jerônimo, pontuando que a responsabilidade sobre essas ações é federal, mas o governo baiano atua intensamente para mitigar o problema.

Desde 2024, quando os dados foram coletados, o governador destacou que já houve queda nos índices de violência, resultado de ações diárias que incluem entrega de delegacias, reforço no comando da polícia, aquisição de viaturas e armas, além de capacitação e uso de inteligência. Ele anunciou que as próximas atividades administrativas serão focadas no combate à violência no oeste do estado.