A Bahia está na mira do alerta para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o mais recente boletim InfoGripe da Fiocruz. O estado figura entre as seis unidades federativas do Nordeste com as maiores taxas da doença, ao lado de Maranhão, Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe, cenário que mexe com a saúde pública da região.

Apesar do quadro nacional mostrar queda dos casos de SRAG na maior parte do país, o Nordeste registra um crescimento preocupante, especialmente entre crianças pequenas. A situação exige atenção imediata das autoridades sanitárias, diante do risco de sobrecarga nos serviços de saúde e da gravidade da síndrome, que pode evoluir para internações e até óbitos.

Dados revelam que a Síndrome Respiratória Aguda Grave, causada por vírus como o influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR), vem aumentando em certas regiões da Bahia, com tendência de estabilidade, porém com possível crescimento no público infantil. O VSR é particularmente perigoso para crianças, espalhando-se com facilidade e pressionando os hospitais pediátricos.

Especialistas da Fiocruz reforçam que a baixa adesão à vacinação contra gripe e Covid-19 pode estar intensificando a circulação viral. A pediatra Juliana Matos destaca a importância de manter a vacinação em dia, principalmente em períodos frios, e alerta para a busca imediata de atendimento médico diante de sintomas persistentes. Enquanto isso, a Secretaria de Saúde da Bahia intensifica o monitoramento, reforça estoques hospitalares e estimula testagem e vacinação para conter a escalada da SRAG no estado.