O impacto da política tarifária dos Estados Unidos sobre os produtos baianos acendeu o sinal de alerta no setor produtivo local. Angelo Almeida, deputado estadual licenciado e atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), liderou uma reunião decisiva nesta semana na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), reunindo representantes da SDE, FIEB, Fecomércio, Ceplan, Secretaria da Fazenda, Bainvest e outros órgãos para criar um grupo permanente focado no monitoramento e na reação a essa ameaça comercial.
“Estamos acompanhando de perto cada passo dessa política que pode entrar em vigor a partir de 1º de agosto”, declarou Angelo. A reunião culminou na formação de um grupo de trabalho que já teve sua primeira sessão e, ainda esta semana, aprofundará o diagnóstico para traçar estratégias eficazes capazes de proteger a economia baiana. A busca por novos mercados foi destacada como urgente: o Canadá já supera os EUA como destino das exportações baianas, com os americanos caindo para a terceira posição.
O maior temor recai sobre setores industriais e do agronegócio que dependem fortemente do mercado norte-americano. A indústria de pneumáticos, com as gigantes Pirelli, Continental e Bridgestone (Firestone), está vulnerável, já que a exportação responde por uma fatia significativa da produção. Segundo Angelo, a perda do mercado americano pode agravar a concorrência acirrada com fabricantes asiáticos no cenário interno. No agronegócio, itens como café, cacau e hortifrúti são o cartão-postal do estado nas exportações. O secretário alerta para o impacto global da escassez desses produtos e a pressão que os consumidores americanos podem exercer diante de preços mais altos.
Confiante na capacidade de reverter a situação, Angelo Almeida salientou que a preocupação dos americanos com democracia, liberdade e estabilidade econômica pode influenciar a flexibilização das tarifas. O grupo formado na Bahia segue mobilizado, visando garantir a segurança dos setores estratégicos do estado e preparar os empresários para um cenário de incertezas no comércio internacional.