A Bahia encerrou o primeiro semestre de 2025 com as contas públicas em plena estabilidade, mantendo o controle firme sobre sua dívida líquida, que representa 32% da receita estadual — um patamar muito abaixo do limite de 200% imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Com esse desempenho, o estado se distancia da crise financeira que assola gigantes como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, cujas dívidas atingem índices alarmantes de 199% e 179%, respectivamente.

Apesar do salto nos precatórios, que praticamente dobraram desde 2023 alcançando R$ 10,7 bilhões, o governo baiano não vacilou: manteve o pagamento rigoroso dessas dívidas e continuou assegurando investimentos robustos em áreas essenciais. Só neste semestre, foram destinados R$ 6,45 bilhões à educação e R$ 6,89 bilhões à saúde — números que garantem o pleno atendimento dos limites constitucionais até o encerramento do ano.

É importante destacar que o pagamento de precatórios representa hoje o maior desafio fiscal do Estado, consumindo R$ 2,1 bilhões da receita em 2025. No entanto, mesmo diante desse pesado compromisso, a Bahia preserva sua tranquilidade financeira, mantendo espaço para novos investimentos e assegurando o fluxo constante de recursos para a população.

Manoel Vitório, secretário da Fazenda da Bahia, ressalta que a solidez fiscal estadual deriva principalmente do histórico de bom pagador do Estado, que honrou rigorosamente suas parcelas de amortização ao longo das últimas gestões. Segundo ele, a redução da relação dívida/receita, que caiu de 37% para 32% neste ano, reflete o cuidado e a estratégia firme diante das recentes operações de crédito e da alta do dólar no final de 2024, projetando um cenário ainda mais saudável para os próximos anos.