Mais de 12 mil crianças na Bahia nasceram sem o nome do pai registrado em suas certidões apenas em 2024, revelam dados alarmantes da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Brasil (Arpen Brasil). Frente a essa situação grave, a Defensoria Pública do Estado acaba de abraçar a campanha nacional "Meu Pai Tem Nome", reforçando o compromisso de garantir a cidadania e o direito à identidade às crianças baianas.
Com ações intensificadas ao longo de agosto em 48 municípios, incluindo Camaçari, Lauro de Freitas e Salvador, a iniciativa promove mutirões de reconhecimento de paternidade por meio de exames de DNA, atendimentos espontâneos e orientações jurídicas. A campanha, criada pelo Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege), visa combater o abandono legal dos pais e ampliar o número de registros paternos, oferecendo um sopro de esperança para milhares de famílias no estado.
Luziane Castro, presidenta do Condege, destaca que esta é a quarta edição da ação e que seu impacto só cresce a cada ano. "Nosso objetivo é alcançar o maior número possível de famílias, reafirmando o direito fundamental da filiação, que merece ser respeitado e amplamente garantido", afirma a defensora-geral do Mato Grosso.
Por sua vez, a defensora-geral da Bahia, Camila Canário, enaltece a importância da participação da Defensoria baiana na campanha. "Unificamos esforços para ampliar o alcance dessa ação, reforçando nossa missão de promover justiça e cidadania para quem mais precisa." No dia 15 de agosto, um mutirão especial acontece na Arena Fonte Nova, em Salvador, simbolizando essa mobilização em prol das crianças baianas.