No dia 7 de julho de 2025, a Bahia ganhou um reforço de peso na saúde pública com a chegada de 316 novos profissionais do Programa Mais Médicos, ação do governo federal destinada a levar atendimento básico para áreas de alta vulnerabilidade social e difícil acesso, incluindo territórios indígenas. Esta etapa faz parte de uma expansão nacional que selecionou 3.173 médicos para atuar em 1.618 municípios e 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) pelo Brasil.
Dentre os médicos destinados à Bahia, seis vão cuidar da população indígena no DSEI Bahia, cobrindo várias regiões do estado. Os outros 310 foram posicionados em equipes de Saúde da Família, priorizando cidades com escassez de médicos e cobertura irregular. A iniciativa visa acabar com as longas esperas para consultas no SUS, facilitando o acesso a serviços mais complexos através da integração digital e fluxos assistenciais eficientes.
Desde 2 de julho, médicos formados no Brasil e com registro no Conselho Regional de Medicina já começaram a se apresentar nas unidades. Para os brasileiros formados no exterior, está previsto um módulo especial de acolhimento e avaliação a partir de 4 de agosto, para prepará-los para as demandas específicas das regiões, como urgências e doenças comuns locais. Além do atendimento direto à população, o programa também investe na qualificação, oferecendo especialização em Medicina de Família e Comunidade e até mestrado profissional.
Segundo o Ministério da Saúde, a distribuição considerou dados do estudo Demografia Médica 2025, realizado com a USP e a AMB, que aponta onde faltam mais profissionais. O foco segue na valorização de municípios pequenos (75,1% das vagas), com parcela menor para cidades médias e grandes, sempre priorizando os locais mais vulneráveis. Hoje, o Mais Médicos conta com cerca de 24,7 mil profissionais ativos em 4,2 mil municípios, beneficiando mais de 63 milhões de brasileiros, com a meta federal de ampliar para 28 mil médicos.