Em meio à preocupante prevalência das hepatites B e C na Bahia, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) marca presença no Julho Amarelo com uma mobilização intensa para alertar funcionários, pacientes e acompanhantes sobre esses vírus que podem evoluir para doenças graves, como cirrose e câncer hepático.

Dados oficiais da Vigilância Epidemiológica da Bahia revelam que, até o momento, os casos de hepatite B somam impressionantes 6.815 registros (45,5%), enquanto a hepatite C ultrapassa os 7.700 casos (51,6%) no estado, deixando a hepatite A em último plano com 422 notificações (2,8%). Esses números fazem soar o alarme para a necessidade urgente de reforço em prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz.

Nos dias 23 e 24 de julho, o HGRS promove rodas de conversa e palestras dinâmicas, esclarecendo formas de transmissão, que variam conforme os tipos de vírus: os tipos A e E vêm pelo consumo de água e alimentos contaminados, enquanto os tipos B, C e D se espalham principalmente pelo contato com sangue contaminado e relações sexuais desprotegidas. A hepatite D, por exemplo, só ocorre em quem já tem hepatite B, agravando ainda mais o quadro.

Segundo a gastro-hepatologista Aloma Campeche, ampliar as campanhas é imperativo para garantir testes, vacinação de qualidade e acesso ao tratamento. “Vacinas eficazes contra a hepatite B e antivirais para controlar ou curar a hepatite C estão disponíveis, mas é preciso ampliar seu uso para frear essa epidemia silenciosa que atinge milhares na Bahia e no Brasil.”