O governo da Bahia anunciou nesta terça-feira (22) a prorrogação do estado de emergência zoossanitária em todo o território estadual, em razão da persistente ameaça da gripe aviária H5N1, uma doença de alta letalidade que tem alcançado aves silvestres migratórias e de subsistência em diversos estados brasileiros.

Trata-se da segunda extensão da medida adotada originalmente em julho de 2023. O decreto seguirá vigente por mais seis meses, protegendo os ecossistemas onde a doença pode se disseminar, especialmente ao longo da importante Rota Nordeste Atlântica – que inclui pontos estratégicos como Mangue Seco, Baía de Todos-os-Santos, Baía de Camamu e Ilha da Coroa Vermelha.

Apesar do cenário de risco, segundo a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (ADAB), até o momento a Bahia não registrou casos suspeitos ou confirmados de gripe aviária. O primeiro foco da doença no Brasil surgiu no Espírito Santo, mas o alerta segue aceso diante da circulação global do vírus, com centenas de casos humanos confirmados em países como Estados Unidos e Austrália.

Autoridades reforçam que a transmissão para seres humanos é rara e exige contato muito próximo com aves infectadas, por isso orientam a população a não manipular animais mortos ou debilitados para evitar qualquer possibilidade de contaminação.