O Banco Itaú vai fechar sua agência localizada na Avenida Maria Quitéria, em Feira de Santana, um marco de 21 anos que agora chega ao fim, gerando um verdadeiro tsunami de protestos entre bancários, clientes e comerciantes locais. Com fechamento previsto para agosto, a notícia preocupou e mobilizou a comunidade que teme as consequências sociais e econômicas dessa decisão.
De acordo com o diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, Edmilson Cerqueira, o encerramento da unidade não afetará apenas os trabalhadores do banco, incluindo vigilantes e prestadores de serviços que poderão ser demitidos, mas também forçará os clientes a buscarem atendimento em agências distantes, prejudicando o comércio da região e dificultando o acesso a serviços bancários presenciais.
A mobilização contra o fechamento já ganhou força, com a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, além de clientes e aposentados, promovendo protestos e convocando autoridades locais, como a Câmara de Vereadores e o Ministério Público, a intervirem para proteger a população. Edmilson Cerqueira alerta para os danos que o fechamento causará no desenvolvimento da cidade e no acesso aos serviços financeiros.
Eritan Machado, presidente do Sindicato dos Bancários, ressaltou o impacto negativo para grupos vulneráveis, como idosos e pessoas com pouca familiaridade tecnológica. “Nem todos conseguem usar aplicativos ou internet banking, quem mais precisa do atendimento presencial será o mais prejudicado”, frisou. Dados indicam que a agência atende 18 mil clientes e realiza cerca de 50 mil operações por mês, um reflexo de sua importância local. Revelações ainda indicam práticas de desrespeito às leis, como a não observância do atendimento em 15 minutos e favorecimento de clientes de poder aquisitivo maior, o que intensifica a indignação.