O Bolsa Família, relançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva há dois anos, ganhou um reforço importante na luta contra a pobreza: uma nova Regra de Proteção destinada a famílias que tiveram aumento de renda acima do limite para ingresso no programa. Cerca de 36 mil famílias beneficiárias entrarão agora nesse sistema, recebendo 50% do benefício por até 12 meses, numa estratégia que fortalece o colchão social em meio à retomada econômica.

Segundo o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, essa medida é parte de um esforço maior que envolve o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e o avanço de políticas como o Programa de Aquisição de Alimentos e a estratégia Brasil Sem Fome. Só em 2023, o Bolsa Família ajudou a tirar 24,4 milhões de brasileiros da insegurança alimentar grave, com a meta ambiciosa de tirar o país do Mapa da Fome até 2026 – situação já alcançada em 2014.

Os números do mercado de trabalho também refletem essa evolução. De todas as vagas formais criadas em 2024, quase 99% foram ocupadas por pessoas cadastradas no Cadastro Único, incluindo 75,5% pelo público do programa. O ano passado registrou os menores índices de pobreza e extrema pobreza em muito tempo, e metade da população brasileira já está na classe média, com renda individual suficiente para sair da vulnerabilidade.

A nova Regra de Proteção ainda garante condições especiais para famílias com renda estável, como aposentados e beneficiários do BPC/Loas, que poderão manter o auxílio por até dois meses, com exceção àqueles com pessoas com deficiência, que terão até 12 meses de proteção. Assim, o governo assegura maior previsibilidade financeira e amparo contínuo para quem mais precisa no caminho da superação da pobreza