O país está fervendo! A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), desencadeou uma avalanche de declarações carregadas de paixão, ataques e defesas desenfreadas. Curiosamente, muitos dos que opinam com veemência mal sabem o que realmente motivou essa decisão crucial da Justiça brasileira.

Seus argumentos, frequentemente oriundos de perfis com conhecimento superficial, bebem exclusivamente nas fontes inflamadas das redes sociais como Instagram e grupos de WhatsApp ligados ao próprio Bolsonaro, o chamado “Mito”. O resultado? Discursos eloquentes, porém vazios, dados com um tom voraz e inquestionável, que ignoram a complexidade dos fatos.

O espetáculo é ainda mais alarmante: ao falar em “cerceamento da liberdade de expressão” e em regime de Ditadura, esses falsos defensores da democracia esquecem que, se realmente estivessem sob um regime autoritário, estariam silenciados, sem direito sequer a expressar suas queixas. Nas arenas digitais e palanques políticos, juízes de internet despejam sentenças baseadas em achismos, negando a qualquer um o direito à ampla defesa.

Felizmente, o Brasil permanece uma democracia, onde o direito à fala é garantido a todos, inclusive àqueles que, apesar da falta de preparo, insistem em se colocar como árbitros do que deve ser aceito ou não. O debate jurídico sobre Bolsonaro vai muito além do que se vê nos posts e mensagens: é preciso ouvir a Justiça e entender seus fundamentos, antes de cair na armadilha da desinformação.