Direita e esquerda: dois polos que há séculos definem o jogo político no mundo e no Brasil, mas que hoje revelam uma disputa amarga e cheia de contradições. Originados na Revolução Francesa de 1789, esses termos expressam, em essência, visões opostas sobre igualdade social — a esquerda busca maior intervenção estatal para reduzir desigualdões, enquanto a direita valoriza a liberdade individual, tradição e ordem, mesmo que isso mantenha disparidades.

No cenário brasileiro, esse embate deixa claro o dualismo político que domina a cena: enquanto a população espera soluções efetivas para emprego, saúde, educação e segurança, uma parcela significativa da oposição, formada por direitistas radicais, trava o Congresso com pautas que beiram o absurdo. Ao invés de focar em melhorias urgentes, exigem a anistia ampla e irrestrita para envolvidos no ataque ao Congresso em janeiro de 2023, defendem pautas polêmicas como o impeachment de ministros do STF baseados em ações legais, e rejeitam taxar grandes bancos e empresas tecnológicas para aliviar o peso dos tributos sobre os mais pobres.

Enquanto isso, políticos autodenominados “patriotas” parecem mais interessados em causas que os favorecem pessoalmente, como um deputado que fugiu da Justiça brasileira e agora opera dos EUA contra os interesses do país, inclusive a favor de tarifas elevadas sobre produtos brasileiros importados por aquele país. A tentativa desse mesmo parlamentar de alterar o regimento interno da Câmara para continuar a receber salário enquanto está fora do país evidencia um cenário de oportunismo sofisticado e preocupante.

Diante de tanto barulho e interesses conflitantes, cabe aos brasileiros refletir sobre suas escolhas nas urnas, optando por representantes comprometidos com projetos que realmente possam transformar a vida da população, e não com agendas que privilegiam poucas vozes ou interesses escusos. O país clama por prioridade, e o Brasil não pode mais esperar.