A partir desta sexta-feira, 1º de julho, entram em vigor novas porcentagens obrigatórias para a mistura de biocombustíveis na gasolina e no diesel vendidos no Brasil, numa tentativa firme do governo para conter a volatilidade dos preços dos combustíveis. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, ainda em junho, o aumento do teor de etanol na gasolina comum de 27,5% para 30%, enquanto a participação do biodiesel no diesel passa de 14% para 15%.
Essa mudança estratégica tem como objetivo não só estabilizar os preços para o consumidor, mas também reduzir a dependência do país das exportações e importações de petróleo, especialmente em um momento de tensão internacional no Oriente Médio, que pressiona os mercados globais de energia. Como os biocombustíveis são produzidos internamente, o Brasil ganha fôlego para controlar melhor seu mercado de combustíveis.
Além do aumento na mistura, o governo também elevou a octanagem da gasolina comum, de 93 para 94 RON — índice que mede a resistência do combustível à detonação, garantindo mais eficiência e qualidade nas bombas. Essa mudança reforça a transição energética, combinando sustentabilidade e benefícios econômicos para o consumidor.
Com essas medidas, o Brasil aposta em um futuro de combustíveis mais limpos e preços menos voláteis, permitindo que motoristas e setores econômicos ligados ao transporte sintam os efeitos de uma política energética mais autônoma e sustentável.