Em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, cenas de desespero tomaram conta do Hospital Deoclécio Marques nesta sexta-feira (19). Com uma greve dos funcionários terceirizados que já dura quase uma semana, acompanhantes de pacientes internados foram obrigados a varrer corredores e recolher lixo, numa situação que expõe o caos e abandono na unidade de saúde.
A paralisação, motivada pelo atraso nos pagamentos dos salários e benefícios, afeta serviços cruciais como higienização, transporte interno, lavanderia e cozinha. Enquanto somente os pacientes recebem refeições, os familiares enfrentam banheiros sujos, cheiro forte pelos corredores e ausência total de limpeza nas enfermarias, elevando o risco de contaminações perigosas.
A Secretaria de Saúde Pública do Estado admitiu os atrasos financeiros que comprometem o funcionamento há meses. Em nota, confirmou ter feito repasses às empresas terceirizadas para tentar reverter o quadro, mas os serviços ainda não foram normalizados, deixando a população e trabalhadores em um impasse que ameaça o atendimento e a saúde dos pacientes.
Esse episódio em Parnamirim revela a grave crise enfrentada pelo sistema público de saúde local, com impactos diretos no atendimento hospitalar e na qualidade de vida dos cidadãos que dependem do serviço. A responsabilização e soluções urgentes são aguardadas para pôr fim ao drama vivido diariamente no hospital.