Nesta terça-feira, 15 de julho, a Cooperfeira – Cooperativa de Carnes e Derivados de Feira de Santana – celebra o Dia do Pecuarista exaltando a importância daqueles que transformam a terra em alimento e movimentam a economia de várias regiões da Bahia com trabalho e dedicação. A data homenageia homens e mulheres que diariamente garantem à sociedade carne, leite, couro e derivados de qualidade, produzidos sob rigoroso compromisso ambiental e respeito ao bem-estar animal.

O pecuarista atual é mais que um criador: é gestor e empreendedor rural que domina manejo, nutrição e sanidade, sempre buscando inovação para driblar adversidades e manter a produtividade. Em Feira de Santana, a Cooperfeira mantém forte vínculo com esses profissionais, oferecendo estrutura de abate e suporte técnico via o frigorífico Frifeira, em Humildes, reforçando a cooperativa como ponte vital entre o campo e o mercado.

Porém, o presidente da Cooperfeira, Beto Falcão, alerta para os desafios que pressionam o setor. O custo elevado da alimentação animal, que depende de ração à base de milho e soja, mostra-se um gargalo, agravado pelo custo do frete do diesel, já que a Bahia está longe dos grandes polos produtores. Para Beto, o crédito rural com melhores condições e a melhoria da malha viária são urgentemente necessários. Também chama atenção para a escassez de mão de obra, impactada por programas sociais que afastam trabalhadores do campo sem critério técnico.

Outro ponto crítico é o individualismo predominante entre pecuaristas, que fragiliza a categoria diante da crescente insegurança rural com roubos e invasões. A Cooperfeira defende a cultura associativista como alternativa para ganhar força e proteção. Com a virada da produção leiteira para a pecuária de corte – que atualmente responde por 85% do setor local –, o desafio é modernizar, diversificar e reposicionar o setor. Neste Dia do Pecuarista, a Cooperfeira reafirma seu compromisso com políticas públicas, apoio técnico e a união necessária para fortalecer o agronegócio baiano.