A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) surpreende com impressionantes 252.596 inscrições exclusivamente para vagas reservadas a pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência (PCD), consolidando um salto histórico rumo à diversidade na administração pública brasileira.

O CNU 2025 é o primeiro certame a seguir integralmente a rigorosa nova Lei de Cotas (nº 15.142/2025), que eleva para 30% o total de vagas destinadas às cotas: 25% para pessoas negras, 3% indígenas e 2% quilombolas. A mudança inédita reforça o compromisso do governo em garantir a inclusão e promover uma seleção que respeite a riqueza social e territorial do país.

Do chamado "Enem dos Concursos", onde mais de 760 mil candidatos disputam vagas em 4.951 municípios, 210.882 são pessoas autodeclaradas negras – quase 28% do total, um salto expressivo frente aos 20% da primeira edição. Os blocos de regulação (51.515 inscritos), administração (47.609) e seguridade social (34.351) lideram as inscrições desse grupo. Indígenas somam 6.657 inscritos, concentrados sobretudo no bloco de regulação, já as pessoas com deficiência garantem 30.053 candidaturas, especialmente no bloco de administração.

Com inédita paridade de gênero nas provas discursivas, o concurso também confirma 60% das inscrições disputadas por mulheres, garantindo tratamento igualitário na hora da classificação final. Além disso, candidatos gestantes, lactantes e pessoas com necessidades especiais contam com atendimento especializado nas provas. Ao todo, são 3.652 vagas distribuídas em 32 órgãos, com etapas previstas para outubro e dezembro, e a promessa do Ministério da Gestão de convocar rapidamente os aprovados, assegurando uma diversidade nunca antes vista no serviço público brasileiro.