A pressão dos professores contratados via REDA em Feira de Santana por direito à reserva de carga horária acende o alerta na gestão municipal. Prefeito José Ronaldo de Carvalho e secretário de Educação, Pablo Roberto, admitem: a situação é tensa e a verba limitada. Enquanto a categoria luta por tempo para planejamento e correção, as contas da educação não fecham e o quadro de docentes ainda é apertado.

Desde janeiro, garante o prefeito, a prefeitura tem chamado todos os aprovados no concurso público e até segue nomeando novos mestres — já são cerca de 400 profissionais ingressando na rede. Porém, uma nova decisão judicial pode aumentar ainda mais a pressão por contratações, algo que José Ronaldo vê com preocupação: “Como contratar mais se faltam recursos? Precisamos de um prazo para organizar a rede e evitar o colapso”.

Na mesma linha, o secretário Pablo Roberto ressalta o empenho do governo em dialogar com os professores e a Justiça, mas reafirma a limitação financeira que impede a redução da carga horária atual. “Diminuir a carga significa contratar mais 400 docentes, algo inviável hoje”, explicou. Até agora, já foram chamados 308 docentes, com previsão de mais 30. Um concurso para 2025 já está em planejamento, visando, inclusive, substituir os REDA.

Enquanto o governo se esforça para não prejudicar o aluno, os professores REDA permanecem firmes na cobrança do direito que os efetivos já possuem: o tempo legal para atividades pedagógicas fora da sala de aula. A audiência de conciliação com o Tribunal de Justiça segue, na expectativa de uma solução para a tensa batalha entre economia, direitos e qualidade educacional em Feira de Santana.