O impasse nas exportações de pescados brasileiros já começa a impactar em cheio o mercado internacional, especialmente os Estados Unidos, que consomem cerca de 70% dos produtos do setor nacional. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), desde o início da crise, pelo menos 1.500 toneladas de peixes e frutos do mar deixaram de sair do país, prejudicando uma movimentação anual que ultrapassa a marca de US$ 240 milhões.

Este cenário preocupa não só o setor produtivo como também as autoridades locais, já que o mercado americano é vital para as indústrias nacionais de pescados. A paralisação nas exportações prejudica não apenas as empresas, mas toda a cadeia produtiva envolvida – desde os pescadores até os serviços logísticos e portuários.

Com a economia brasileira atrelada a essa fatia importante do comércio exterior, o desenlace do impasse pode ter impacto direto na geração de empregos e no faturamento do setor dentro do país. Especialistas alertam para a necessidade urgente de medidas que restabeleçam o fluxo de exportações para evitar perdas ainda maiores.

A Bahia, entre outros estados com tradição na produção de pescados, pode ser uma das regiões mais afetadas, dada a importância do setor para sua economia local e o volume significativo destinado ao mercado internacional, principalmente aos Estados Unidos.