Deputados votam fim dos testes em animais vivos para cosméticos no Brasil
Projeto proíbe uso de animais em testes para cosméticos e higiene pessoal, dando passo firme contra crueldade e avanço científico.
Essa nova regra altera a Lei nº 11.794/08, que regulava o uso científico de animais, e determina que os dados obtidos por meio de experimentos com animais não poderão mais servir para autorizar a venda de cosméticos e produtos de higiene pessoal. A única exceção fica para testes feitos para atender regras não relacionadas a cosméticos, mas as empresas precisarão comprovar, por documentos, essa justificativa. Além disso, fabricantes liberados a usar dados de testes em animais não poderão mais promover seus produtos com frases como "não testado em animais" ou "livre de crueldade".
Para o relator da proposta, deputado Ruy Carneiro (Pode-PB), insistir na experimentação animal seria um retrocesso tanto moral quanto científico. Ele destacou que métodos alternativos como modelos computacionais, bioimpressão 3D de tecidos, organoides e culturas celulares já provaram ser confiáveis, éticos e muitas vezes mais eficazes que os testes tradicionais. A aprovação desse projeto sinaliza uma mudança profunda para a ciência e para a ética no Brasil.
Vale ressaltar que produtos testados antes da entrada em vigor da nova lei poderão continuar sendo comercializados normalmente, garantido o equilíbrio para o mercado. Com essa decisão, o Brasil se alinha às maiores tendências globais de inovação e respeito aos direitos dos animais, deixando para trás uma era de crueldade e desatualização.