Em artigo publicado na Folha de São Paulo nesta quinta-feira (17), o presidente eleito do PT Nacional, Edinho Silva, levanta a voz contra a “infestação fascista” que ele enxerga na aliança entre Bolsonaro e Donald Trump, vinculando o fenômeno ao avanço da política irresponsável que ameaça a soberania do Brasil. Para Edinho, esse casal do descalabro é responsável por danos profundos ao país e deveria ser combatido com urgência.
No texto, Edinho destaca que a verdadeira crise não está apenas nos desdobramentos do jogo político, mas também na economia. Ele critica a “campanha de privilégios” que torna insustentável a renúncia fiscal de R$ 860 bilhões, que beneficia grandes corporações enquanto pequenos empresários e trabalhadores arcam com o peso dos impostos. “Mais do que números, está em jogo o Brasil que queremos: um país da igualdade ou dos privilégios?”, desafiou.
Além disso, Edinho Silva denuncia o “desarranjo institucional” causado por uma distorção do presidencialismo brasileiro, que ele acredita ter sofrido reveses monumentais desde o governo Temer e que no tempo de Bolsonaro atingiu limites perigosos. Segundo ele, o verdadeiro poder hoje está concentrado no Congresso, que “anula” a agenda presidencial, transformando o modelo de governo em algo próximo de um semipresidencialismo que fragmenta responsabilidades e paralisa decisões.
Para superar esses desafios, Edinho reforça a urgência de reformas drásticas: a defesa da soberania nacional, uma reforma político-eleitoral capaz de fortalecer a democracia, uma agenda para a transição energética, a universalização da educação integral e uma política de segurança pública moderna. Ele ainda rebate acusações de campanha “nós contra eles”, afirmando que defender justiça social jamais pode ser confundido com divisão política.