Uma cena de violência chocante aconteceu dentro de um hospital no bairro da Graça, em Salvador: uma enfermeira de 36 anos foi agredida com socos e arranhões pela acompanhante de uma paciente. A suspeita, uma senhora de 67 anos, partiu para a agressão na última sexta-feira (12), mas o registro oficial da ocorrência só foi feito no sábado (13), na Central de Flagrantes. As razões que levaram à violência não foram reveladas.
A Polícia Militar informou que, ao ser comunicada sobre a necessidade de se deslocar até a delegacia, a acusada passou mal e precisou ser atendida no próprio hospital onde o crime ocorreu. Agora, ela enfrenta uma investigação por lesão corporal dolosa, enquanto autoridades apuram os detalhes desse episódio lamentável que expõe a vulnerabilidade dos profissionais de saúde.
O aumento da violência contra trabalhadores da saúde é uma triste realidade: segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), somente em 2024 já foram registrados 4.562 casos de agressões envolvendo médicos em todo o país, um aumento de 68% na última década. Na Bahia, 351 médicos relataram experiências de abuso, colocando o estado entre os mais afetados.
Além dos médicos, profissionais da enfermagem também sofrem. Pesquisa do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) apontou que, em 2023, 80% dos enfermeiros em São Paulo foram vítimas de agressões no trabalho, revelando um problema grave que precisa de atenção urgente.