A Bahia enfrentou queda nas exportações no primeiro semestre de 2025, registrando US$ 5,30 bilhões, o que representa uma redução de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). A baixa foi puxada pela retração média de 4,9% nos preços das principais commodities, exceto café e derivados de cacau, mas o volume embarcado avançou 3,7%, evitando uma queda mais profunda nas receitas.
Enquanto isso, as importações do estado recuaram 19,4%, somando US$ 4,53 bilhões, devido à queda de 24,7% no volume comprado, reflexo da desaceleração da atividade econômica local. Por outro lado, o custo dos bens importados subiu em média 7%, pressionado pela alta dos preços internacionais. Esse cenário contribuiu para um superávit comercial de US$ 770,4 milhões, revertendo o déficit de US$ 249,5 milhões registrado no primeiro semestre de 2024.
A corrente de comércio baiana, que soma exportações e importações, caiu 10,6%, totalizando US$ 9,83 bilhões. O setor industrial continuou em crise, com queda de 11,8% nas exportações, afetando segmentos chave. Em contrapartida, o agronegócio teve crescimento de 10,3%, com destaque para algodão, café e cacau. A indústria extrativa também brilhou, com aumento de 7,8%, puxado pela valorização do ouro no mercado externo.
Na distribuição geográfica, a China, principal destino dos produtos baianos, sofreu queda de 7,7% no valor exportado, ainda que o volume enviado tenha crescido 4,4%. As vendas para os EUA recuaram 1,2%, ampliando o déficit para US$ 774,5 milhões. Por outro lado, a América do Sul registrou salto de 24,7% nas exportações, com a Argentina comprando 20% a mais graças ao aquecimento do cacau, pneumáticos e óleo diesel. Importações de bens de capital dispararam 80,6%, especialmente para energias renováveis e setor automotivo, alcançando US$ 415,1 milhões.