Uma onda de protestos e mobilizações toma conta de Feira de Santana com o Plebiscito Popular “Por um Brasil Mais Justo”, que questiona a jornada de trabalho 6×1 e clama por mudanças na reforma tributária e taxação dos mais ricos. Nesta quinta-feira (10), um ato simbólico lotou o estacionamento da prefeitura, convocando os feirenses para pressionar o Congresso a considerar propostas que podem transformar a rotina exaustiva dos brasileiros.

A iniciativa encabeçada pela Central dos Trabalhadores, junto a sindicatos e movimentos sociais, busca dar voz ao trabalhador cansado de trabalhar seis dias e ter apenas um para descanso, pleiteando um novo modelo 4×3. “Queremos que o presidente Lula leve a pressão até o Congresso, porque a vontade do povo está clara”, afirma Nátaly Barreto, coordenadora do Levante Popular da Juventude, destacando ainda os impactos da jornada atual na saúde mental, como o aumento de casos de burnout.

No foco da campanha, além da jornada de trabalho, está a reforma tributária justa. “Quem ganha até 5 mil reais não deveria pagar imposto, enquanto os milionários teriam de contribuir mais”, diz Nátaly, que rebate críticas de que a mudança prejudicaria a economia: “Outros países têm escalas menores e economias fortes.” Marlede Oliveira, presidente da APLB-Sindicato, reforça a crítica ao atual Congresso e reforça que “não dá mais para os ricos se esquivarem dos impostos enquanto os trabalhadores pagam caro”.

O Plebiscito Popular está em andamento até setembro, com urnas espalhadas por toda a cidade em sindicatos e pontos estratégicos, facilitando a participação da população. A expectativa é que essa mobilização pressione mudanças reais na legislação para garantir mais qualidade de vida e justiça fiscal aos trabalhadores de Feira e do Brasil.