Na última sexta-feira (4), a Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana (Seduc) movimentou as escolas com um diálogo formativo essencial para a criação dos "Protocolos de Vida para Todos na Escola". Idealizado pelo Núcleo de Educação para Relações Étnico-Raciais e Educação Quilombola (NEREEQ), o encontro buscou intensificar o combate ao racismo no ambiente escolar, garantindo uma educação justa e transformadora para todos.

Feira de Santana, empenhada na Política Nacional de Equidade Racial, consolida seu compromisso com a justiça social e a valorização das diferenças, tornando a escola um palco para o respeito e a inclusão racial. Durante o evento, também foi lançada a nova edição do Julho das Pretas, que traz como tema “Julho das Pretinhas, mulheres negras: silenciamentos e empoderamento no território latino-americano e caribenho”, destacando a voz das mulheres negras e sua invisibilidade histórica, inclusive no currículo escolar.

A coordenadora do NEREEQ, professora Railda Neves, ressaltou a necessidade de abordar a questão racial de modo interdisciplinar e contínuo. Ela destacou a importância das ações propostas pela Política Nacional de Educação em Direitos Étnicos Raciais e o valor do Selo Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, que fortalece a aplicação da Lei nº 10.639/03, obrigando o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.

Com esta iniciativa, a Seduc reafirma seu compromisso com as metas do Plano Municipal de Educação e a legislação federal (Leis nº 10.639/03, 11.645/08 e Resolução nº 97/2024 do Conselho Estadual de Educação). “A escola tem que ser um espaço onde a diversidade é vista e valorizada. O currículo precisa romper com referências únicas e incluir todas as vozes, democratizando o acesso aos saberes da história e cultura afro-brasileira e indígena”, afirma Railda, enfatizando a urgência de uma educação verdadeiramente antirracista.