A Bahia vive uma escalada preocupante nos crimes contra a energia elétrica: os furtos de cabos cresceram 65% no primeiro semestre de 2025, segundo a Neoenergia Coelba. Foram 280 casos entre janeiro e junho, contra 169 no ano anterior. O impacto recaiu sobre cerca de 140 mil baianos que ficaram sem luz temporariamente, enquanto o prejuízo para a infraestrutura pública e serviços essenciais aumenta a cada ação criminosa.
Os locais mais atingidos refletem o tamanho do problema. Salvador lidera com 86 registros, seguida por Conceição do Coité (32), Feira de Santana (27), Serrinha (17) e Jaguarari (17). Na capital, os bairros Pituba, Comércio, Federação, Itapuã e Periperi concentram os furtos. As consequências são graves: cinco hospitais perderam energia temporariamente, colocando em risco cuidados prioritários, embora a Neoenergia tenha conseguido restabelecer o serviço rapidamente.
Além do prejuízo financeiro e da interrupção dos serviços, a ação criminosa representa grande perigo: pessoas despreparadas que roubam cabos eletrificados arriscam a vida com choques fatais, e fios energizados expõem toda a população a riscos. A Neoenergia Coelba denuncia ainda o desperdício de mão de obra e recursos, pois equipes que deveriam trabalhar em melhorias ou em outros reparos são desviadas para consertar os danos do furto.
Para combater essa ameaça crescente, a Neoenergia instaurou uma série de medidas em parceria com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, visando identificar receptadores e coibir os roubos. A distribuidora instalou dispositivos metálicos que impedem o acesso aos postes e reforçou a segurança das caixas subterrâneas com materiais que dificultam a violação. A população é convocada a denunciar qualquer movimentação suspeita pelo Disque Denúncia Bahia (181) e reportar apagões à própria Neoenergia Coelba pelo número 116.