A indústria baiana sofreu um baque em maio de 2025, com a produção industrial declinando 3,7% na comparação com abril, após dois meses de modesto crescimento. Quando comparada com maio do ano passado, a retração atingiu 7,3%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) com base no IBGE.
Ao analisar os resultados por segmento, sete dos 11 setores industriais apresentaram quedas expressivas, liderados pelo segmento de derivados de petróleo, que despencou 7,7%, impactado principalmente pela redução na produção de óleo diesel, gasolina e GLP. Produtos químicos e materiais plásticos também registraram quedas significativas, de 14,7% e 16%, respectivamente, acompanhados por recuos nas áreas de celulose e papel (-13,5%), alimentos (-5%), couro e calçados (-11,5%) e bebidas (-5,6%).
Apesar do cenário negativo, alguns setores conseguiram resistir e até crescer: máquinas, aparelhos e materiais elétricos saltaram 43,3%, puxados pela alta produção de ventiladores, circuladores e eletroportáteis domésticos. Metalurgia (3,8%), minerais não metálicos (3,9%) e indústria extrativa (0,6%) também registraram avanços, suavizando um pouco a queda generalizada no polo industrial do estado.
No acumulado de janeiro a maio, o setor indústria da Bahia teve leve alta de 0,6%, enquanto o indicador dos últimos 12 meses mostrou crescimento de 1,9%, refletindo um momento de instabilidade e desafios para a economia industrial local diante da forte oscilação dos principais segmentos produtivos.