Um infarto não é apenas um susto passageiro — ele transforma completamente a vida de quem o enfrenta, alerta o cardiologista Dr. Sérgio Rocha. Para evitar um novo ataque cardíaco, é preciso mais do que tratamento hospitalar: acompanhamento constante, uso vitalício de medicamentos e uma revolução no estilo de vida entram no jogo.
Segundo Dr. Sérgio, quem sofre um infarto já é classificado como paciente de alto risco. “É fundamental controlar fatores como colesterol, pressão, glicemia, peso, tabagismo e álcool para não abrir brecha para um novo evento. Nada pode ser negligenciado”, avisa.
A investigação minuciosa após o infarto passa pelo cateterismo cardíaco, exame que revela o real estado das coronárias. A partir disso, são decididos procedimentos imprescindíveis como angioplastia com stent ou até cirurgia cardíaca, como a ponte de safena. Em certas situações, médico e paciente ponderam riscos e benefícios antes de agir.
Dr. Sérgio destaca que o tratamento não termina no hospital. “O controle é para a vida toda. O colesterol LDL, por exemplo, deve ficar por volta de 50, metade do limite para quem nunca sofreu um infarto. Os medicamentos precisam ser usados para o resto da vida, e o acompanhamento deve, no mínimo, acontecer a cada seis meses — ou a cada três, em casos mais severos”.
A retomada da vida ativa, incluindo atividade física e sexo, deve respeitar o ritmo do corpo. Cirurgias abertas pedem cerca de três meses de repouso para a cicatrização do osso do tórax; quem faz angioplastia pode voltar às atividades leves em até 15 dias, sempre sob supervisão médica. A reabilitação cardíaca é peça-chave: começar com caminhadas curtas e ir aumentando a intensidade com regularidade.
Dr. Sérgio alerta que a genética é o único fator imutável, mas tudo o mais — colesterol alto, pressão, diabetes, tabagismo, obesidade — pode e deve ser controlado. A mudança não obriga o paciente a abandonar sua profissão, mas exige um novo estilo de vida. “Se não gosta de academia, coloque um tênis e comece com 15 minutos de caminhada por dia”, aconselha o cardiologista.
“Querer se cuidar é o primeiro passo para evitar o pior”, reforça Dr. Sérgio Rocha, que mantém orientações atualizadas em seu Instagram, @drsergiorochacardio, para ajudar todo paciente na jornada da recuperação.