O ritmo acelerado de fechamento de agências bancárias deixa Feira de Santana em alerta. Nos últimos meses, o banco Itaú já baixou as portas de duas unidades na cidade, e a mais recente, na Avenida Maria Quitéria, teve suas atividades encerradas em 20 de julho, deixando a população e funcionários em xeque.
O Sindicato dos Bancários de Feira de Santana não ficou parado diante da decisão: organizou uma forte manifestação na última semana, unindo forças com a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase). Eles denunciam que os cortes desconsideram os impactos econômicos locais e deixam centenas de clientes sem atendimento presencial, principalmente os mais vulneráveis como idosos e pessoas com pouca familiaridade com o digital.
Eritan Machado, presidente do sindicato, expõe a face humana dessa crise: além dos clientes, ameaças pairam sobre os funcionários terceirizados da agência — vigilantes, pessoal da limpeza e da copa que, sem dúvidas, perderão seus empregos e dificilmente serão realocados. O clima entre os bancários remanescentes é de insegurança total, temendo pela própria permanência.
Mas Feira de Santana não está sozinha nesse cenário: o Itaú segue sua estratégia nacional de enxugar a rede física, já tendo fechado 219 agências no ano passado e mantendo a média de 15 fechamentos mensais em 2025. Em Salvador, dois outros pontos – Cabula e Imbuí – também foram sacrificados. O desafio é saber como esses cortes vão impactar no dia a dia de quem depende mesmo da presença do banco na porta.