Durante a entrega de novas unidades do programa Minha Casa Minha Vida em Feira de Santana, nesta segunda-feira (21), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, fez um duro balanço sobre o abandono habitacional dos últimos anos e celebrou a retomada das obras que estavam paradas. “Ficamos seis anos sem nenhum edital aberto, quase sete mil casas paradas na Bahia. Agora estamos entregando moradias em Pojuca, Santo Amaro, Salvador e aqui mesmo em Feira de Santana. Essa parceria é crucial para garantir moradia digna, transporte, saúde e segurança”, destacou o chefe do Executivo estadual.
Além das habitações, Jerônimo anunciou que novas casas serão entregues em Alagoinhas e garantiu visitas para fiscalizar obras importantes, como a do hospital que deve ser inaugurado ainda neste ano ou início de 2025, totalmente equipado. Em Feira, ele também reafirmou a prioridade em reativar o aeroporto local, ampliando a pista e atraindo voos comerciais para impulsionar a economia. “Não queremos voo só para Salvador, queremos para onde houver demanda, para acabar com essa saga de 200 km para pegar um avião”, convocou empresários locais a apoiarem o projeto.
Em tom contundente, Jerônimo criticou a ‘pirraça’ dos Estados Unidos ao impor tarifas sobre produtos brasileiros e alertou que setores inteiros da economia baiana sofrem com a medida. “Exportamos grãos, frutas, minério, carne – a cadeia é enorme, da borracharia ao pedágio. É um prejuízo que atinge todo mundo”, afirmou. Ele ainda expressou indignação com a decisão de proibir a entrada do ministro Alexandre de Moraes nos EUA, classificando o ato como ataque à soberania nacional e reclamou da postura de parlamentares brasileiros que, segundo ele, traem o país ao apoiarem sanções internacionais.
Por fim, Jerônimo destacou a postura diplomática do presidente Lula e a importância do diálogo para superar a crise. “O governo está agindo com equilíbrio ao escolher nomes experientes como Geraldo Alckmin e Mauro Vieira para conduzir as negociações. Nós, na Bahia, seguimos mobilizando o setor produtivo, indo ao interior. Mas a resposta tem que ser diplomática e nacional”, concluiu o governador.