Em visita a Juazeiro nesta quinta-feira (16), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), ao lado do presidente Lula, deu um recado claro: o diálogo com prefeitos de todas as correntes políticas está mantido, sem exceções, inclusive com adversários históricos, como José Ronaldo, prefeito de Feira de Santana. “Zé Ronaldo ainda está na onda das eleições, e isso é bom pra ele, é a chamada lua de mel. Eu espero que se efetive com ações concretas. Eu já estou há dois anos e meio presente em Feira. Vejo o esforço do prefeito Zé Ronaldo, a combinação com a Câmara de Vereadores, e a gente quer ajudar”, afirmou firmemente Jerônimo.
Mesmo diante das diferenças partidárias, o governador enfatizou o avanço da cooperação entre estado, município e governo federal. “Ele tem tido apoio do Governo do Estado e também do Governo Lula. Já esteve conosco em palanques com ministros, como o ministro Renan. Já foi a Brasília. A expectativa é que a gente traduza esse apoio em ações concretas”, ressaltou Jerônimo, destacando passos importantes como a entrega do novo Hospital Clériston Andrade e a construção de escolas de tempo integral nos distritos, projetos que prometem transformar Feira e suas regiões vizinhas.
Jerônimo revelou ainda sua postura de diálogo com prefeitos da oposição, independentemente da lealdade política, citando o exemplo do município de Casa Nova, onde garantiu continuar os investimentos iniciados mesmo após mudança de gestão. “Hoje pela manhã estivemos com dez prefeitos, inclusive o de Casa Nova, que não votou em mim em 2022 e nem eu fiz campanha pra ele em 2024. Mas fiz questão de chamá-lo para a reunião. Porque as promessas feitas ao povo não podem parar”, declarou o governador, que frisou sua prioridade em garantir recursos para o povo e criticou a prática de condicionar investimentos a alianças políticas. “Isso não terá na Bahia. Se o prefeito não quiser sentar comigo, eu vou atrás. O povo não pode pagar a conta pelas nossas escolhas. O dinheiro público não é meu.”
Em tom conciliador, Jerônimo agradeceu as experiências políticas que o inspiram, como o presidente Lula e lideranças locais, para construir uma política mais civilizada e madura. “Claramente Zé Ronaldo não é do meu partido, eu não fiz campanha pra ele e ele não fez pra mim. Mas, no primeiro dia após a eleição, nos falamos. Feira é importante demais para ser tratada com divisão.” O governador finalizou pedindo apoio à imprensa e à população para cultivar respeito e foco no bem comum diante do tradicional clima de rivalidade. “Sei que vocês gostam de uma pimentinha na política, e isso não vai deixar de existir. Mas minha intenção é criar um ambiente favorável. A política precisa amadurecer, e isso é possível com respeito e foco no bem comum.”