O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está claramente disposto a entrar em contato direto com Donald Trump para discutir as tarifas impostas aos produtos brasileiros. Fontes próximas ao Palácio do Planalto revelam que Lula não fecha as portas para o diálogo, mas faz questão de um detalhe fundamental: quer que a conversa seja pessoalmente atendida pelo líder norte-americano.

Essa disposição surge após a manifestação de senadores brasileiros que propuseram uma conversa entre os dois presidentes para tentar encontrar uma saída diplomática. Por outro lado, o clima nos bastidores do governo brasileiro é de ceticismo. Fontes governamentais destacam a dificuldade em construir uma comunicação direta com a equipe política de Trump, o que atrapalha as negociações.

De acordo com apurações do portal g1, a Casa Branca deve manter as tarifas até o dia 1º de agosto para reforçar seu poder de barganha, liberando o diálogo apenas depois dessa data. Mesmo diante da pressão, um interlocutor ligado ao presidente Lula enfatizou a linha dura do Brasil: "A soberania não é negociável". O governo também rejeita qualquer tipo de interferência externa no Supremo Tribunal Federal e nos sistemas estratégicos como o Pix.

Assim, o embate entre Brasil e EUA sobre tarifas já mostra que o presidente Lula está preparado para defender o país com firmeza, impondo condições claras para qualquer negociação e reafirmando a importância da soberania diante das pressões internacionais.