Por trás da aparente semelhança estética, MDF e MDP escondem diferenças gritantes que podem transformar o resultado final dos seus móveis. Para evitar erros na escolha, o arquiteto Bruno Moraes, do BMA Studio, detalha como cada material funciona e qual oferece mais durabilidade e acabamento perfeito para seu projeto residencial.
O MDF é fabricado com fibras de madeira e resina, criando uma massa compacta e uniforme que facilita cortes diversificados, incluindo curvas elegantes, o que é quase impossível com o MDP. Já o MDP é composto por partículas prensadas de madeira com frestas que acumulam ar, tornando-o mais resistente ao peso, mas limitado a cortes retos e sensíveis a desgastes na fixação com parafusos.
Enquanto o MDF brilha em móveis que exigem delicadeza e design refinado, como painéis ripados e peças com curvas, ele perde força em áreas úmidas, onde a exposição à água pode causar inchaços. O MDP, por outro lado, é o campeão para armários, caixarias e prateleiras robustas, especialmente em ambientes com maior presença de umidade, graças à sua estrutura porosa que evita o estufamento.
Bruno destaca que a combinação dos dois materiais na mesma peça pode ser a solução ideal, como usar MDP para estruturas fixas e MDF para portas e gavetas com detalhes únicos. A escolha, ele alerta, deve levar em conta a funcionalidade, estética e o tempo de vida útil esperado para os móveis, e nada substitui a orientação profissional para equilibrar resistência, beleza e orçamento.