Na tarde desta quinta-feira (7), às 16h, o Ministério Público Federal receberá uma Ação Civil Pública (ACP) que põe em xeque o polêmico projeto de sombreamento e construção de espigões na praia do Buracão, no coração do Rio Vermelho, Salvador. A medida, encabeçada pela promotora Hortência Gomes, do Ministério Público da Bahia, pode frear os planos de uma construtora que ameaça a integridade ambiental do local.
A decisão de protocolar a ACP é fruto de uma mobilização popular intensa, que ganhou força durante uma audiência pública realizada em dezembro de 2024 na Igreja de Santana. Moradores e ativistas do movimento SOS Buracão se uniram para alertar sobre o impacto devastador que as obras causariam, refletindo sua insatisfação e preocupação sobre o futuro do bairro.
O SOS Buracão não mede esforços e convoca toda a sociedade civil para somar forças na defesa do meio ambiente e na luta pelo "direito cidadão". Em um apelo poderoso, o grupo denuncia a ação “predadora” da construtora, acusada de avançar com espigões fincados diretamente na areia, com o aval da Prefeitura de Salvador. “O povo unido é o senhor da razão”, afirmam, marcando o tom da resistência.
Essa mobilização demonstra a crescente pressão popular e institucional para proteger as belezas naturais e o modo de vida do Rio Vermelho, transformando uma simples praia em palco de uma batalha decisiva pelo futuro da cidade.