O trânsito da Bahia vive uma crise alarmante: o número de mortes em acidentes viários disparou e agora pressiona o sistema público de saúde ao limite. Dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) revelam que as fatalidades saltaram de 2.319 em 2020 para impressionantes 2.887 em 2024, indicando um aumento brutal de 24,5%. Nos últimos 12 meses, quatro pessoas perderam a vida a cada hora nas estradas baianas, uma estatística que expõe a urgência do problema.
A tragédia não para por aí. Motociclistas são os principais afetados, representando 75% das internações por acidentes de trânsito. Eles superam com folga vítimas que envolvem carros, pedestres e ciclistas, escancarando a vulnerabilidade desses condutores nas vias. No auge do caos, cerca de 60% dos leitos de UTI geral da rede estadual estão ocupados por pessoas que sofreram algum acidente viário, configurando uma pressão histórica sobre as estruturas hospitalares.
Frente à escalada da violência nas estradas, o Sistema Único de Saúde (SUS) está redirecionando recursos para conter o impacto. Só em 2024, mais de R$ 23,8 milhões foram investidos no atendimento às vítimas de acidentes nas vias baianas, um esforço financeiro expressivo que busca salvar vidas em meio ao cenário caótico.
Com números cada vez mais assustadores, queda de vidas e hospitais lotados, fica claro que a Bahia precisa urgentemente de políticas eficazes para frear essa onda de acidentes e proteger seus cidadãos nas estradas.