O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), parte da Fiocruz, confirmou a circulação da variante XFG do coronavírus no Rio de Janeiro, que já responde por 62% dos casos de covid-19 registrados entre 1º e 8 de julho. A descoberta foi feita por meio do sequenciamento genético realizado pelo laboratório referência do Ministério da Saúde e da OMS, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio.

O Rio torna-se o quarto estado a registrar a cepa XFG, que já havia sido detectada em São Paulo, Ceará e Santa Catarina. Originária do Sudeste Asiático, essa linhagem tem se espalhado pelo mundo e, apesar de carregar mutações que podem reduzir a resposta imune, não foi associada a formas graves da doença ou falhas nas vacinas. A OMS classifica essa variante como “sob monitoramento”, destacando a necessidade de vigilância intensificada.

O aumento discreto de casos na capital fluminense levou à ampliação da coleta para sequenciamento genético. De 74 amostras analisadas, 46 eram da variante XFG. Segundo a virologista Paola Resende, essa linhagem tem impacto direto no leve aumento de infecções locais. Enquanto isso, o alerta permanece para que a população continue vacinada, use máscaras em sintomas gripais e mantenha as medidas de prevenção, já que outras doenças respiratórias também circulam neste inverno.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça que a parceria com o IOC é fundamental para entender o cenário epidemiológico em tempo real, possibilitando respostas rápidas como abertura de leitos e ações de comunicação à população. Embora a variante XFG esteja predominante, não há registro de aumento de casos graves ou mortes. A orientação segue clara: higiene das mãos, uso de máscara em caso de sintomas e atualização da vacinação para garantir proteção.