Depois de um longo e tenso julgamento que durou mais de 15 horas, o Tribunal do Júri de Feira de Santana decretou a condenação do padeiro Clodoaldo de Oliveira Souto a 13 anos e 2 meses de prisão, além de multa de 20 dias, pelo assassinato brutal do professor José Eduardo Menezes Castro de Jesus. A decisão foi anunciada na quarta-feira, 9 de julho, no Fórum Filinto Bastos, sob a supervisão da juíza Maria Simões Costa e com a atuação firme do promotor Vitor Matias.

O crime chocou a cidade em outubro de 2021, quando o corpo do professor foi encontrado enterrado nos fundos de uma padaria em construção, no Jardim Cruzeiro, dois dias depois do desaparecimento. Segundo a Polícia Civil, a vítima sofreu golpes fatais de pá, e a investigação revelou que José Eduardo e Clodoaldo mantinham um relacionamento amoroso, detalhe que trouxe à tona intensos debates durante o julgamento.

A irmã da vítima, Maria José Castro, não escondeu sua dor e revolta ao acompanhar todo o processo. Em entrevista, ela contestou as versões apresentadas pela defesa, reforçando a integridade e a personalidade pacífica do irmão. “Meu irmão era a pessoa mais correta, de paz. Estão inventando mentiras, dizendo que ele tentou atropelar o acusado. Isso não é verdade! Eu era confidente dele, sei da verdade”, desabafou emocionada.

Do lado da defesa, o advogado Emanoel Lopes defendeu Clodoaldo como um homem pacífico e sem histórico criminal, destacando que ele mantém bom comportamento na prisão, onde trabalha na cozinha. Lopes explicou que o crime teria sido um ato impulsivo, uma reação em um momento de tensão, e ressaltou o desejo de que a justiça prevalecesse. Agora, com a sentença em regime fechado, o réu deverá cumprir sua pena integralmente.