O retorno dos trabalhos na Câmara Municipal de Feira de Santana nesta terça-feira (05) foi marcado por uma intensa troca de farpas entre os vereadores em razão da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O clima esquentou durante os discursos do líder da oposição, Silvio Dias (PT), e do representante da base bolsonarista, Ismael Bastos (PL).

Silvio Dias não poupou críticas e declarou que a decisão do STF é legítima e necessária para punir Bolsonaro pelos crimes relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. O parlamentar acusou ainda o ex-presidente e sua família de fugirem da Justiça e usou como comparação o comportamento do presidente Lula durante a Lava Jato, destacando uma postura diferente em relação às investigações.

Do outro lado, Ismael Bastos assumiu o papel de defensor ferrenho de Bolsonaro, argumentando que a prisão domiciliar é fruto de perseguição política injusta. Segundo ele, não houve envolvimento do ex-presidente em crimes de corrupção, criticando severamente a forma como o STF tem conduzido o caso. Ismael reforçou a comparação com Lula para apontar supostas desigualdades nos processos jurídicos enfrentados pelos dois líderes.

Essa polarização na Câmara de Feira de Santana reflete as tensões políticas nacionais que reverberam localmente, envolvendo figuras públicas e destacando a importância do debate sobre o judiciário e a política no município.