Estudantes da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) denunciam o impacto negativo do fechamento antecipado da ponte Dom Pedro II, que liga Cachoeira a São Félix. Cristiane Macedo, aluna de Serviço Social, destaca que as aulas terminam às 23h, mas a ponte fecha às 21h, obrigando todos a enfrentarem riscos para passar e pegar transporte do outro lado. “Enfrentamos chuva, escuridão e situações de violência urbana frequentes”, relata.
Com medida protetiva em mãos, Cristiane revela que atravessar a ponte após o fechamento a expõe a transtornos psicológicos e assaltos recentes no local. “Isso afeta nosso desempenho escolar, pois saímos desesperados para nos proteger. Já troquei de horário e até adaptei meu trabalho para evitar sair à noite”, conta, chamando atenção para a evasão crescente causada pela insegurança.
Joilma Silva, representante da comunidade acadêmica, aponta que as mulheres são as mais vulneráveis nesse trajeto perigoso, falando sobre medo e violência enfrentados. “Já ouvimos relatos de assaltos e isso adoecer as pessoas. Não é justo que o corpo feminino pague esse preço”, afirma, clamando por respostas efetivas.
O professor Antonio Matheus Soares costura a mobilização junto às autoridades locais para estender o horário de fechamento da ponte até às 23h. “Buscamos diálogo com a empresa responsável para que o atraso no fechamento ajude a combater a evasão e o medo recorrente”, explica, destacando os casos de assaltos com armas de fogo à noite. A pressão cresce para garantir segurança e direito à educação aos estudantes da região.