Uma pesquisa recente do instituto Quaest revela um duelo acirrado entre os brasileiros sobre a reeleição para cargos do Executivo, como prefeitos, governadores e presidente da República. Quase metade da população (49%) rejeita a ideia de mandatos consecutivos, enquanto 45% apoiam essa possibilidade, configurando um empate técnico dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. Outros 6% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

O levantamento detalha as variações de opinião conforme gênero, faixa etária, renda e região. Entre os homens, a rejeição se intensifica, chegando a 53%, contra 43% de apoio. Nas mulheres, o cenário é mais equilibrado, com 47% a favor e 44% contra — ainda dentro da margem de erro. Os jovens de 16 a 34 anos são os mais contrários à reeleição, com 50% rejeitando essa possibilidade, ao passo que a faixa etária entre 35 e 59 anos demonstra divisão quase exata. Já os mais velhos, com 60 anos ou mais, mantêm quase a mesma divisão, com 48% contrários e 46% favoráveis.

A renda familiar também é um fator determinante. Os brasileiros que ganham mais de cinco salários mínimos são os que mais rejeitam a reeleição, com 56% contra. No entanto, aqueles que recebem entre dois e cinco salários mínimos apoiam a possibilidade por 49% contra 47%. Entre os que ganham até dois salários mínimos, o empate é absoluto, com 45% de opiniões para cada lado. Regionalmente, a rejeição atinge o ápice nas regiões Centro-Oeste e Norte, com 55% contra a reeleição. Já o Nordeste apresenta ligeira preferência pelo apoio, com 50% a favor e 46% contra. Sudeste e Sul vivem equilíbrio técnico, com margens muito próximas em ambos os lados.

Esse cenário revela como a reeleição segue dividindo as opiniões dos brasileiros, espelhando diferentes realidades sociais e culturais pelo país. A polarização reforça o debate sobre a continuidade dos mandatos e seu impacto na política nacional.