A rotina no bairro Queimadinha, em Feira de Santana, virou um verdadeiro drama para quem vive nas ruas Sergipe, Goiás, São Paulo e Espírito Santo. A falta de pavimentação transforma as vias em um lamaçal, agravado pelo descarte irregular de lixo que toma conta das calçadas e terrenos, gerando mau cheiro, proliferação de ratos e insetos nocivos, e um cenário de completa insalubridade.

Romenil Costa Moreno, morador local, denuncia que, apesar da coleta regular feita pela prefeitura, o problema persiste devido ao descarte clandestino que vem de outras regiões. “É um lixão. A fumaça, os insetos e os ratos estão por toda parte, a situação é insustentável. Já fizemos várias reclamações, mas o lixo continua acumulado, às vezes até com animais mortos no meio dele”, ressalta.

Além da precariedade do ambiente, a insegurança preocupa os moradores. A ausência de iluminação pública em parte da Rua Goiás tem tornado o local palco frequente de assaltos. “Aqui é assalto constante, a gente não pode ficar na porta de casa, principalmente se estiver com celular”, lamenta Romenil. João Paulo, morador da mesma rua há 15 anos, conta que prefere deixar seu carro na garagem, optando por sair de motoboy, tamanha é a dificuldade de trafegar pelas ruas em péssimo estado.

Sem infraestrutura adequada, as chuvas agravam a situação e dificultam até mesmo o acesso às residências. Dona Zilda, residente da Rua Sergipe, relata que a água invade a casa nos dias de chuva, enquanto muriçocas e ratos fazem da região um ambiente perigoso para saúde das famílias. “A rua precisa urgentemente de drenagem e pavimentação”, alerta.

Com criatividade para driblar as dificuldades, Rosilande Santana conta que, para levar seu filho à escola, precisa proteger os pés da criança da lama com sacos plásticos. “A lama fede, é um horror. Moradores pedem um olhar atento das autoridades para que providenciem uma solução para essas ruas esquecidas, pois mesmo com poucos residentes, todos merecem um lugar digno para viver”, conclui.