Na madrugada deste sábado (2), uma nova rodada de ataques com drones chocou a fronteira entre Rússia e Ucrânia, espalhando mortes e feridos. Autoridades russas confirmaram que ofensivas ucranianas mataram três pessoas em diferentes regiões do país, enquanto a Rússia retaliou com 53 drones que feriram 11 em Kharkiv, no leste da Ucrânia.
O Ministério da Defesa russo informou que suas defesas aéreas conseguiram interceptar ou destruir 112 drones que avançaram contra oito regiões russas e a Península da Crimeia, território ocupado pela Rússia e alvo constante de tensão. Na região de Rostov, localizada na linha de frente, um ataque com drones causou a morte de uma pessoa, segundo o governador interino Yuri Slyusar. Já mais longe do campo de batalha, as regiões de Penza e Samara registraram outras baixas: uma mulher assassinada e um idoso queimado devido a incêndio provocado por destroços, respectivamente.
Como resposta à ofensiva ucraniana, a Rússia lançou à meia-noite dezenas de drones contra cidades da Ucrânia, conforme reportou a força aérea ucraniana. Apesar de alegar ter abatido 45 desses veículos, o impacto foi severo: em Kharkiv, 11 pessoas ficaram feridas com o ataque, de acordo com o governador local, Oleh Syniehubov.
Este ciclo de violência acontece em meio a um cenário de pressão internacional para um cessar-fogo. Após um ataque russo em Kiev na última quinta-feira que deixou 31 mortos – incluindo cinco crianças – e 150 feridos, o presidente americano Donald Trump estipulou um prazo até o dia 8 para que a Rússia avance nas negociações de paz, enviando seu enviado especial para tentar convencer Moscou a aceitar o cessar-fogo. A guerra segue intensa, enquanto o relógio corre.