Samba resiste em praça abandonada e cobra atenção da prefeitura
Na sexta, artistas de Feira vão pedir ao prefeito reforma da Praça do Tropeiro, palco do samba que resiste ao abandono
Mais que uma simples roda de samba, o encontro semanal é um verdadeiro fenômeno cultural que preserva uma tradição genuína das feiras livres do sertão nordestino, onde o samba se mistura com a sanfona em uma pulsação única e típica da região. Apesar do abandono visível, com banheiros destruídos, lixo acumulado e aumento da insegurança, o samba segue firme toda segunda-feira, reunindo músicos, sambadores, moradores e curiosos que transformam o espaço degradado em palco de resistência, memória e orgulho local.
O convite para o encontro partiu do próprio prefeito, que pretende abordar o projeto de reforma da Praça do Tropeiro, localizada perto do Centro de Abastecimento, um espaço que clama por atenção urgente. Para os artistas e frequentadores, esse diálogo é uma oportunidade histórica para que suas vozes sejam ouvidas e suas necessidades incluídas na revitalização do local, reconhecendo o peso cultural e social do samba que floresce ali, mesmo sob a sombra do abandono.
O Samba da Praça do Tropeiro é prova viva de que cultura e resistência caminham juntas, ocupando e reinventando espaços públicos esquecidos. A expectativa é que, finalmente, o poder público enxergue com respeito essa força popular que, há anos, transforma descaso em festa e resistência cultural em cidade viva.