Desde que assumiu a Secretaria de Comunicação da Bahia, no fim de março, Marcus Vinícius Di Flora, publicitário mineiro nomeado titular da pasta, tem sido alvo de duras críticas pela sua quase total ausência. O que deveria ser um ano de forte atuação para divulgar as ações do governo tem sido marcado pelo sumiço do secretário que, surpreendentemente, é desconhecido por muitos jornalistas e radialistas locais.
Segundo apurações, Vinícius tem passado mais tempo no Rio de Janeiro do que firmemente à frente da secretaria, e tampouco tem marcado presença suficiente nos municípios baianos para acompanhar de perto os trabalhos do governador Jerônimo Rodrigues. Esta falta de comunicação direta e aparente desinteresse tem despertado reclamações entre funcionários da Secom e políticos aliados da administração estadual, que esperavam maior dinamismo num ano pré-eleitoral tão crucial.
Fontes ligadas à Secom contam que as conquistas e prêmios históricos da comunicação oficial do governo baiano parecem estar em risco com o comando atual, já que o secretário não apresentou, até aqui, nenhuma iniciativa com impacto ou destaque nacional. Internamente, ele é chamado pejorativamente de "Di Fora", apelido que reflete a percepção de distanciamento e inoperância.
Além das críticas públicas, ainda há tensões políticas na cúpula petista do estado. A indicação de Vinícius dividiu lideranças, que veem o secretário mais como um nome imposto pela direção nacional do PT do que uma escolha firme do grupo local. Passados mais de 90 dias no cargo, o resultado é uma secretaria que pouco comunica e deixa os baianos sem clareza sobre os esforços do governo.