Uma bomba econômica prestes a explodir: um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) revelou que a decisão dos Estados Unidos de impor tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros pode causar um estrago de até R$ 175 bilhões no PIB do Brasil nos próximos 10 anos. Isso significa uma queda de quase 1,5% na economia nacional e, o que é ainda mais alarmante, a perda esmagadora de 1,3 milhão de empregos.

O anúncio dessa medida veio em uma carta enviada pelo presidente Donald Trump ao presidente Lula em 9 de julho, com a ameaça de entrar em vigor já no dia 1º de agosto caso não haja um acordo entre os dois países. A Fiemg também prevê que, caso o Brasil decida retaliar com uma tarifa do mesmo porte sobre produtos americanos, o impacto pode ser ainda mais devastador — com perda de R$ 259 bilhões no PIB, destruição de 1,9 milhão de empregos e uma queda de R$ 36,2 bilhões na massa salarial, além de R$ 7,21 bilhões a menos em impostos.

Vale lembrar que os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás apenas da China, com exportações brasileiras para o mercado norte-americano que já alcançam US$ 40,4 bilhões neste ano, representando 12% do total das vendas externas do país. Produtos como combustíveis, minerais, ferro, aço, aeronaves, máquinas e café, alguns dos carros-chefe do Brasil, correm o risco de se tornar inviáveis no mercado americano devido ao custo exorbitante imposto pela nova tarifa.

Diante deste cenário alarmante, a Fiemg conclama por uma saída diplomática urgente para tentar evitar que essa guerra comercial cause danos irreparáveis à economia brasileira e ao emprego da população. O país vive um momento decisivo e o futuro de milhões de trabalhadores e empresas está em jogo.