Mesmo com a nova taxação dos Estados Unidos sobre a carne bovina brasileira, o frigorífico Frifeira, da Cooperfeira em Humildes, distrito de Feira de Santana, segue firme e sem mudanças no ritmo de produção. A cooperativa informa que o abate diário permanece entre 380 e 400 bois, mantendo uma média mensal entre 8.000 e 8.500 animais.
“O volume continua estável, sem alterações significativas até o momento. Pequenas variações pontuais em alguns dias são naturais no processo”, garantiu Agenor Campos, diretor da Cooperfeira. Em paralelo, o preço da arroba do boi recuou 3,45%, de R$ 290 para R$ 280, queda considerada normal diante da diminuição natural do consumo no fim do mês, quando o orçamento das famílias fica mais apertado.
Agenor apontou que os maiores impactos da tarifa americana devem atingir estados grandes exportadores como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, enquanto a Bahia, sem forte perfil exportador, sente os efeitos de forma mais gradual. Caso o excesso de carne não consiga sair para o exterior, esse estoque pode ser absorvido pelo mercado interno, o que poderia mexer com a cadeia local, mas, por enquanto, a produção segue estável e a cooperativa monitora o mercado atentamente.
Os Estados Unidos são destino de cerca de 14% das exportações brasileiras de carne bovina, principalmente de cortes usados em hambúrgueres e alimentos processados, o que torna essa taxação um desafio para a cadeia produtiva nacional, mas sem refletir, até aqui, em interrupções no fluxo da Cooperfeira.