Uma intensa troca de tiros nos arredores de centros de ajuda humanitária em Gaza deixou 32 mortos e mais de 100 feridos neste sábado (19), segundo informou a Defesa Civil do território, órgão controlado pelo grupo Hamas. O local dos disparos foi próximo a instalações da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), que atua com suporte antecipado de Israel e dos Estados Unidos para garantir alimentos à população vulnerável, que ultrapassa 2 milhões de pessoas em risco de fome.

O porta-voz Mahmoud Bassal destacou que os disparos israelenses atingiram áreas próximas aos centros de distribuição de auxílio, agravando ainda mais a crise humanitária já presente em Gaza. No entanto, a própria GHF contestou as alegações, classificando como "falsos" os relatos sobre as mortes ocorridas nas imediações de suas unidades, reforçando as tensões sobre a veracidade dos fatos na região.

Por sua vez, Israel admitiu ter efetuado disparos, porém afirmou que foram tiros de advertência e anunciou a abertura de uma investigação para apurar os acontecimentos. O episódio põe em evidência o clima cada vez mais tenso e incerto no território palestino, onde a fragilidade humanitária cresce junto com o conflito.

Enquanto isso, a população local segue enfrentando uma difícil situação, com o acesso a alimentos e ajuda internacional comprometidos pela escalada dos confrontos, destacando a urgente necessidade de respostas que possam garantir segurança e assistência efetiva para os habitantes de Gaza.