Marco Silva, presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicomércio), lança duro alerta contra a escalada alarmante da carga tributária no Brasil. Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, ele criticou os sucessivos aumentos de impostos que vêm prejudicando o setor produtivo local e fazendo a população pagar o preço mais alto.

Recentemente, o ministro do STF Alexandre de Moraes manteve o aumento do IOF, mas suspendeu a tributação sobre antecipação de recebíveis, um alívio parcial para empresas que trabalham com cartão de crédito. Ainda assim, Marco evidencia que outras taxas, principalmente sobre financiamentos, continuam a pressionar os comerciantes e endividar negócios.

O presidente do Sicomércio denuncia uma rotina sufocante: "A cada 20 dias, um novo imposto. O governo claramente quer aumentar arrecadação, mas isso não pode recair sempre sobre quem produz e gera empregos". Ele ressalta que os consumidores finais são os maiores prejudicados, pois os custos são repassados e isso reduz o poder de compra da população: "Se antes dava para comprar 10 pães, hoje só dá para 9."

Por fim, Marco Silva expressa a esperança do setor com a reforma tributária, pedindo que o Congresso coloque um ponto final nos aumentos constantes e dê ao país estabilidade fiscal. "Queremos que essa novela da reforma termine, o Brasil precisa de paz tributária para recuperar a economia e crescer de verdade", conclui.